Aldebaran

Aqui nossa luz não cessará,
acompanhamos o movimento
insáciavel de Plêiades,
estamos a salvo.

Aqui não há dor,
e nossos olhos não enxergam nada
além do infinito. 

Há um espaço por trás de 
todas nossas certezas,
um amplo breu obscurecido.
Sei que podemos alcançá-lo
agora ou daqui mil décadas,
ele espera, calado, por ser descoberto.

Assim como Aldebaran,
nossa luz atinge o oco
do oco
que consome a Terra,

Aqui somos Touro e não 
gramíneas
porque aqui é nosso lugar,
longe,
inatingíveis e
imaculados como Aldebaran
que navega, étera,
incansável e solitária
no incerto. 
Larissa Prado
Enviado por Larissa Prado em 30/01/2017
Código do texto: T5897087
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