ODE AO AMOR
Marlene Constantino
Mesmo que a lingua dos homens
semeie a praga em meus canteiros...
Mesmo que um dia as ondas
deixem de enfeitar a orla do mar.
Mesmo que o meu martírio
seja engolido pela garganta do abismo,
ainda assim, haverá um lugar
onde o mar não sucumbirá.
Haverá um lugar onde a noite não chora o dia,
onde possa desenhar alegria.
Ainda assim, os sonhos
rabiscarão as suas alegorias.
Cúmplices serão, som e silêncio
o coração cantará louvores:
- o hino de amor eterno -
"O amor sempre em mim, sem fim".
12/06/2010