POEMA AUSENTE

A tarde é sempre a mesma

Mas a alma está jacente

O olhar corre só pelas alturas

E tudo está tão ausente

O vento que dança a árvore é breve

O pássaro se joga da altura de repente

O operário recobre o telhado cinza

E tudo está tão ausente

O azul do céu golpeia a vista

O ruído da cidade não tem cor aparente

É só mais um retrato de um artista

onde tudo está tão ausente.

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 30/01/2017
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