POEMA AUSENTE
A tarde é sempre a mesma
Mas a alma está jacente
O olhar corre só pelas alturas
E tudo está tão ausente
O vento que dança a árvore é breve
O pássaro se joga da altura de repente
O operário recobre o telhado cinza
E tudo está tão ausente
O azul do céu golpeia a vista
O ruído da cidade não tem cor aparente
É só mais um retrato de um artista
onde tudo está tão ausente.