Fora de órbita

Foi-se o tempo do concreto

Os astros giram no céu cintilante

Não mais órbitas perfeitas

Mas uma dança por entre os Cometas

Não chame esse tempo de louco

Loucura é manter-se planeta

Em torno do sol definido

Sem conhecer a grandeza do universo

Indefinível... ao infinito...

As órbitas elípticas

Tão constantes, incessante

Previsíveis, além

Foi-se o tempo da monotonia

Agora as estrelas irmãs se incendeiam

Incandescentes

Meteoros se transformam

Em estrelas cadentes

Entram num mundo desconhecido

Indefinido

Foi-se o tempo do linear

O Universo é muito grande

Pra viver numa órbita

Hiperbólica, parabólica

Várias galáxias

Cores estelares, névoas,

Buracos negros gigantes

Foi-se o tempo do conhecido

Agora, fora de órbita

Vivendo na velocidade da luz

Sem corresponder ao encanto do som

Não mais pela gravidade

Mas vibrando com intensidade