Um menino de outrora
Um barbante aos pedaços,
sem aparente propósito,
amarra o sonhado
ao intensamente vivido.
Uma figurinha amassada
fora do álbum,
repetida ilusão, dentro do bolso,
a ser negociada.
Uma bola de gude
quica a memória,
em eternas investidas.
Uma atiradeira
de mira incerta,
acerta o que não viu.
Um lápis quebrado
Também permanece,
como um eco de esperança
dentro da algibeira.