os nomes que os homens dão
Os nomes que os homens dão
Os nomes que os homens dão
Às coisas, aos semoventes,
Não muda em nada?
Tem vezes que penso sim,
Que engrandecem ou apequenam
Nas faces visíveis nas coisas.
Se o homem viu a primavera
Na planta ou o sorriso no outro,
Ele lhe dá um nome, a torto.
Se os descobriu nos seus outonos
A evocação desse momento
Lhe é diferente, nas indiferenças:
Quando o homem vê o outro,
Inda nascente, e quando este outro
Cresce e se demuda,
O que lhe parecia João
Pode seja uma Joana nessa muda…
Assim como o sapo parece pedra,
Assim como a pedra parece sapo…
Ou o príncipe um larápio.
Toda visão é efêmera
E vai se transformando
Nas cores da vivência.
Sergiodonadio.blogspot.com
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