os nomes que os homens dão

Os nomes que os homens dão

Os nomes que os homens dão

Às coisas, aos semoventes,

Não muda em nada?

Tem vezes que penso sim,

Que engrandecem ou apequenam

Nas faces visíveis nas coisas.

Se o homem viu a primavera

Na planta ou o sorriso no outro,

Ele lhe dá um nome, a torto.

Se os descobriu nos seus outonos

A evocação desse momento

Lhe é diferente, nas indiferenças:

Quando o homem vê o outro,

Inda nascente, e quando este outro

Cresce e se demuda,

O que lhe parecia João

Pode seja uma Joana nessa muda…

Assim como o sapo parece pedra,

Assim como a pedra parece sapo…

Ou o príncipe um larápio.

Toda visão é efêmera

E vai se transformando

Nas cores da vivência.

Sergiodonadio.blogspot.com

Editoras: Scortecci, Saraiva.

Incógnita (Portugal)

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Perse e Clube de Autores

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 26/01/2017
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