Vai!
 
Sob as pálpebras fechadas,
Ficou a última dor,
Ficaram memórias guardadas.
 
Vai, atravessa o telhado,
Sem mover nenhuma telha,
Mergulha no azul-dourado
Desviando de uma nuvem
E escapando por um triz!
 
Vai leve, sem qualquer peso,
Pensando que foi feliz,
Juventude restaurada,
A alegria voltando,
Finalmente, resgatada!
 
Vai, passando pela casa,
E olhando lá para baixo,
Dá uma leve parada,
Uma breve despedida,
Entre as patas, um “obrigada...”
 
E agora, é só o céu,
Correr livre, para sempre,
Sentir-se leve e ligeiro...
(E quem sabe, no futuro,
Voltará  a  ser semente?)

Para Jingle



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 26/01/2017
Reeditado em 26/01/2017
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