Sobre os homens
Canto, por meio de uma voz emancipada,
Canções que dizem que não existo.
Tudo o que faço (ou penso fazer?),
Já não faz parte de mim.
“Que sou eu então?”,
A poesia pergunta.
A realidade se cala e olha para o chão.
Tudo o que nos forma já não é nosso.
As vozes emancipadas se calam
Ao chegar ao fundo do frio abismo do silêncio.