REPENTE DA VIDA (COLETÂNEA)

De repente careço ser gostado...

sentir-me amado,

ouvir que existo para mudar meu gosto quase

desgostoso de gostar sempre sozinho!

De repente me canso da asneira oscilante...

minha voz emudecida pela surdez humana completa o meu tédio...

sorrateiramente,

preenche outras partes desabitadas na

conseqüência de estar participando

de um meio ambulante...

as pessoas não podem parar

porque precisam andar,

mas elas não sabem se estão

seguindo para algum lugar!...

preferem não ter a consciência

de se encontrarem em alguém e,

principalmente,

nelas mesmas!...

De repente...

Repente da vida!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

03.11.85

Uberaba - MG

Brasil

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 02/08/2007
Código do texto: T589231
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.