Benguela
Como é bom, oh Benguela
Ver-te pela manhã infernal
Sentir o sabor dos teus beijos frios –
O sopro do teu respirar suave –
O abraço dos teus braços de ferro –
As crónicas feridas de um Lubango doente -
marcadas no retrovisor da caminhada
Como é bom, oh Benguela
Ouvir as palmas rítmicas das acácias
Sentir o abraço seguro –
dos teus seios d’argila
Pisar do teu mar as águas,
Salgar a alma
Ver o brilho do sol dos teus olhos
O gaiato sorriso dos teus lábios de manga mandura
O preto das estradas negras
Como é bom, oh Benguela
Banhar no beijo da morena, a praia!
Dançar a canção das batidas do teu coração