Onze horas.
Onze horas um jovem caminha depressa,
com sua mochila nas costas,
ele vaga o mundo de ponta a ponta.
Onze horas,
pessoas não entendem o que diz,
o jovem tenta se expressar,
mas não tem um final feliz,
ele só quer ser visto e não ser um coitado,
só quer ser abraçado e amado
e não um infeliz amargo,
Onze horas pessoas felizes nas ruas,
é domingo o jovem está cansado,
ajoelha na estrada de pregos,
no seu calvário e chora.
Onze horas,
uma imensidão branca cega seus olhos,
então ele fica nas trevas.
Onze horas, onze dias, onze anos,
o tempo passou e ele nem percebeu,
agora é um homem e está sozinho,
olha no relógio, onze horas,
hora de acordar.
Rodrigo Barletta 24\06\01