O ÚNICO ASSASSINO

Atirei-me no mar como quem come vorazmente após dias de jejum

Nadei até uma ilha pequena, inabitada e distante

Fiz uma casa perto da praia pra poder ouvir perenemente as ondas quebrando e voltando

Coloquei meus sonhos numa garrafa e a devolvi às águas

Eles não me importam mais...

Agora me ocupo de apreciar o tempo

O único assassino que merece reverência.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 24/01/2017
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