E AGORA, POETA?

Meus passos desconexos,
procuram nada mais que o destino,
meu olhar percorre o infinito
divagando a esmo
sigo por ruas incompreendidas,
vou como quem soletra o coração,
descrente daquilo que já nem cria,
nas entrelinhas a seguir em solidão,
cúmplice da minha hesitação,
se sou o último ou o primeiro, nada sei,
só sei que sinto falta de mim,
porque em mim não vejo o meu eu,
desperto, disperso, e penso na na vida.