MORBONIA ABIRE JUBERE
Cadê sua coragem quando viu a sombra se erguer?
Onde colocaste tua avidez quando notou o vento em oposição?
Criaste mais uma crença enquanto cogitava fugir?
Foste altivo em meio ao turbilhão de criticas ou condescendente com quem te apontou o dedo?
Recolheste tua insignificância enquanto ser inferior e resoluto perante tal condição?
Colheste frutos amargos em tua colheita de sonhos mal-delineados e atrocidades incubadas?
Comeste migalhas numa jornada infame aos recônditos de si mesmo?
Bebeste teu vinho amargo ou teu mel numa tina de contradições?
Eu duvido de tuas intenções, ó espírito humano, irracional em teu desleixo e apressado em suas buscas, um animal sem consciência da coleira, uma fera domesticada por métodos punitivos, uma borboleta que nunca abandonou o casulo...