MORBONIA ABIRE JUBERE

Cadê sua coragem quando viu a sombra se erguer?

Onde colocaste tua avidez quando notou o vento em oposição?

Criaste mais uma crença enquanto cogitava fugir?

Foste altivo em meio ao turbilhão de criticas ou condescendente com quem te apontou o dedo?

Recolheste tua insignificância enquanto ser inferior e resoluto perante tal condição?

Colheste frutos amargos em tua colheita de sonhos mal-delineados e atrocidades incubadas?

Comeste migalhas numa jornada infame aos recônditos de si mesmo?

Bebeste teu vinho amargo ou teu mel numa tina de contradições?

Eu duvido de tuas intenções, ó espírito humano, irracional em teu desleixo e apressado em suas buscas, um animal sem consciência da coleira, uma fera domesticada por métodos punitivos, uma borboleta que nunca abandonou o casulo...

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 23/01/2017
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