Pupilas

Meu bem,

Não tenho nenhuma palavra de amor para você,

ou de conforto.

Do jeito que você me quer, Eu não sou. Nem nunca fui.

eu sou do jeito que você viu da primeira vez,

e não o que idealizou.

Sou livre sim... em demasia.

Sou barco solto, à deriva,

até que eu queira me prender.

E quando me prendo, fico em um único porto.

Quisera eu que você acreditasse,

E que esse porto fosse o seu colo.

Já dizia Nagara. Um amigo louco. talvez mais louco do que eu.

As pupilas, mesmo quando não dilatam,

delatam.

Delatam a intenção do dono.

E você teve meus olhos por tanto tempo....

Devia saber que eles sempre foram seus.

Nunca houve nada mais claro do que isso,

em mim.

Espero que um dia entendas.

e confie um pouco mais

no que tens atracado em teus braços

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 22/01/2017
Reeditado em 22/01/2017
Código do texto: T5889620
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.