Quem me dera - I

Quem me dera que eu fosse

O barro do oleiro

E que humildes pés

estivessem me pisando

e me transformando em telhas

adobes, jarros....

Fossem as telhas que protegem

As paredes que resguardam

Fossem os jarros que saciam.

Sei que nem meu próprio pó

Terá alguma serventia.

Mas, se pelo menos o que escrevo

Se der humildemente em um décimo

do barro do oleiro,

Já valeu o meu canto!

De José Alberto Lopes - jan 2017

José Alberto Lopes
Enviado por José Alberto Lopes em 20/01/2017
Reeditado em 31/12/2023
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