O quadro

Desce em curva o tom de azul

Talvez índigo ou royal,

A textura é magistral, pacífica,

Cândida, plástica, magnífica.

Sobe uma linha em espiral

É reluzente, suave, bem fina,

Dourada, imita um fio de ouro,

Entre as linhas uma cor de âmbar.

Na parte superior à direita,

Uma roldana em simetria disforme,

Ao centro um redemoinho de cores,

Aparentava enorme,

Uma expressividade distinta

Se afigura as flores todas juntas,

Diversas, alegres em uníssono matiz.

No canto inferior esquerdo

Há uma janela, por ela tudo se vê,

Cada um vê o que lhe apraz.

Mergulhado sobre tons anuviados

Nesta parte da tela eu cismo Maria!

Alguém que me observa pergunta:

-O que vês?

Respondo:

-Vejo todas as cores da poesia.

Ademar Siqueira
Enviado por Ademar Siqueira em 20/01/2017
Reeditado em 21/01/2017
Código do texto: T5887119
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