A PÓLVORA E A CENTELHA

Não sei explicar e muito menos dizer

Como posso sentir tanta saudade

Daquilo que jamais ousei viver

É fantasiar uma outra realidade.

Sinto saudade dos sonhos que sonhei

Dos instantes que ao seu lado imaginei

Das histórias e estórias que eu criei

E até das cenas, que com você encenei.

Ela me invade, me deixando paralisada

Há um futuro inquietante, por mim inventado

Há um querer mútuo em nossas risadas

E por você, um sentimento inflamado.

Ocultos estão, os desejos e a saudade

Somos como a pólvora e a centelha

Há uma labareda em nossa cumplicidade

É um fogo que a nenhum outro se assemelha.

Sandra Leone

Sandra Leone
Enviado por Sandra Leone em 18/01/2017
Reeditado em 22/01/2020
Código do texto: T5885785
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