A PÓLVORA E A CENTELHA
Não sei explicar e muito menos dizer
Como posso sentir tanta saudade
Daquilo que jamais ousei viver
É fantasiar uma outra realidade.
Sinto saudade dos sonhos que sonhei
Dos instantes que ao seu lado imaginei
Das histórias e estórias que eu criei
E até das cenas, que com você encenei.
Ela me invade, me deixando paralisada
Há um futuro inquietante, por mim inventado
Há um querer mútuo em nossas risadas
E por você, um sentimento inflamado.
Ocultos estão, os desejos e a saudade
Somos como a pólvora e a centelha
Há uma labareda em nossa cumplicidade
É um fogo que a nenhum outro se assemelha.
Sandra Leone