Lençóis manchados
Meus lençóis estão manchados de púrpura,
A cor do pecado que minha pele respirou,
O suor daquela noite de silêncio,
Que ao cheiro de culpa se derramou...
Em minha pele o pecado apoderou-se
Apodrecendo o perfume imaculado do perdão
Minha pele exala esse odor
Que fenece o desejo a perecer...
O canto amargo da garganta, impera alto
Silencioso grito rasga o véu da noite
O pecado que me envolve,
Me entristece e me comove...
Sacia minha fome cruel e tensa,
Com o sabor adocicado e amargoso
Do pecado que me é tão inerente,
Pois mulher me fiz ao amanhecer,
E tal pecado então, faz parte do meu ser!