Imagem: Arte Auber Fioravante Junior
O DIA DO ADEUS
Marlene Constantino
Vales escuros e becos sem saída - almas em perigo.
Medos petrificam o chão aonde vagam os corações.
Peito partido em dois: - Divido essa lápide contigo.
Em ouvidos dessecados os gritos fizeram-se calados;
silêncio e solidão vestiram as noites frias sem luares.
Em olhos rasgados só deságuam estrelas sem cores,
nas sedas negras escondem-se feridas sangradas.
Badalam os sinos das horas, amanhece - quem ouviu?
Anoitece em exílios, às escondidas fenecem as razões.
Restos tristes dos dias de desilusão, fendas que a vida
lapidou, neste solo árido de esperanças e de sentido.
Quebram-se os cristais, foi o fim de uma ilusão.
17/11/2007
O DIA DO ADEUS
Marlene Constantino
Vales escuros e becos sem saída - almas em perigo.
Medos petrificam o chão aonde vagam os corações.
Peito partido em dois: - Divido essa lápide contigo.
Em ouvidos dessecados os gritos fizeram-se calados;
silêncio e solidão vestiram as noites frias sem luares.
Em olhos rasgados só deságuam estrelas sem cores,
nas sedas negras escondem-se feridas sangradas.
Badalam os sinos das horas, amanhece - quem ouviu?
Anoitece em exílios, às escondidas fenecem as razões.
Restos tristes dos dias de desilusão, fendas que a vida
lapidou, neste solo árido de esperanças e de sentido.
Quebram-se os cristais, foi o fim de uma ilusão.
17/11/2007