Da Florista
Lua, vento, cachorro...ronco de caminhão;
no céu, no ar, no chão...pra todos os lados corro
pedindo socorro...a noturna atenção
porque sozinho, não! nessa solidão eu morro.
Mas se a morte não vem, vou vivendo (sem vida)
na noite suicida que não morre também...
que corre a mais de 100; sem chegada...saída
numa neutra corrida porque vida não tem.
Enquanto essa rã faz dueto com motores,
eu, em meus corredores da noite pra manhã,
vou, na corrida vã, correndo das minhas dores
como correm as flores (da florista vilã).
Torre Três
12-01-2017