descubro-me em cada verso
Descubro-me em cada verso
Descubro-me em cada verso,
Lenhador ou lenhado…
Encontro-me aqui, na esquina
Entre o pensar e o escrever.
Sujeito à dor de ter vivido
Ao tempo passado ser,
Trago no peito a palavra
Vencida pelo cansaço.
Trago na mente indolor
Este torpor de viajado…
Trago no gesto o que sou,
O universo em um átomo.
Procuro-me nas frases soltas,
Nas horas percebidas ser,
Somos pares,
Intimamente ligados,
Eu e este nó na garganta,
Envergonhados.
Sergiodonadio.blogspot.com
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