Sem cor
Entrei pela porta do tempo.
Noites claras, mãos despedaçadas
Sob meu olhar atento.
Teima em existir minh’alma , calada.
Resisto a ti, ó tormento!
Meu retorno vão, atroz
Ao triste som, tua voz.
Negra razão, meu pensamento.
Homem máquina,
Sangue quente,
Mente e dor.
No papel, minha pena
Traz à vida ardente,
Meu querer sem cor.