Fim de ano

Talvez seja a hora

de aceitar que, embora

todos pareçam fortes,

uma hora alguém sempre

desiste do jogo

Já enfrentei a morte

uma vez apenas

e mesmo que a dor

não fosse pequena

acabei superando

Mas sempre chega

esse dia de parar,

parar de lutar

debater

espalhafatar

Parece-me apropriado, que

em fins de ano

eu jogue a toalha

Esse ano, um pouco mais cedo

e quem sabe

ficar ingênuo de novo

e enfrentar o que virá

sem medo.

Márcio Filho
Enviado por Márcio Filho em 12/01/2017
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