JOIRAR
Quando nasceu, não tinha nome
Poderia chamar-se... Um nome qualquer
tantos nomes a escolher!
Uma peneira de grãos, um furundu,
José, João, Sebastião, Adão...
Seja lá o nome, qual fosse chamado,
teria que pagar, para ter um.
Uma vez recebido o seu,
seria seu!
Iria se chamar por ele,
iria parecer com ele
daquele dia em diante,
aquele nome, recebido e pago,
para o restos de sua vida...
Teria que ser, seu agrado.
Seria ele...
A musica, a nota dos seus ouvidos
o espaço, os passos do seu fado
a dádiva da sua alma,
seu timbre, seu nome,
seu cume, seu apelido.
Antonio Montes