GOTAS EM PRANTO...

A chuva lambe a minha janela

enquanto dos meus olhos

irrigado saudosos

gotejam lágrimas

à falta dela.

Jacente junto a relva

esvai-se em dores

padecentes de amores

minhas ruínas

repousadas em um canto

quantificadas em Ampulheta

o quanto dos meus prantos.

A minha voz calada

juntos ao meu piano mudo

não ecoa a nossa canção

que sonorizava nosso elo

neste amor paralelo.

Jazz agora

muito embora...

este ser padecente

que ainda sente

momentos sublimes do outrora.

Cala-se a tarde

me calo eu

sútil decadente

nos braços de Morfeu...