Desejos ocultos maculados...
Desejos ocultos,
As vezes insanos,
Povoam a inspiração
Por baixo dos panos.
A lágrima imberbe,
Como se fosse chuva,
Veste as entranhas
Como se fosse luva.
A frustração,
Do não gozar,
Revela a dor
Do não amar.
Os versos fluem,
A exortar o desejo,
Em busca da fonte
Que dará o beijo.
Encoberta a ausência,
Que povoa o pânico,
O delírio do corpo,
Apela ao prazer tântrico.
A seara da saudade,
Marcada pela lembrança,
Dispensa os meios,
A noite é uma criança.
Os versos seduzem,
Como estímulos plagiados,
Sem piedade da alma,
Deixam-nos extasiados.
Silêncio, silêncio...,
O sentido da interação
É preencher o vazio
Da sentida frustração.
Interagir é preciso,
Plagiar necessário,
Em todo meio
Existe um intermediário.