A CONFISSÃO DE UM MULHERENGO
A CONFISSÃO DE UM MULHERENGO
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Há coisas que os homens não sabem,
Homens que sonham com este adjectivo
Homens que tanto namoram mas não são promovidos à mulherengo,
Talvez venham a saber hoje...
Pois a idade não perdoa e o belo semblante me foge.
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Porventura um dos meus maiores erros
Era não ter sabido dizer não
Mesmo sabendo que era apenas mais um coração,
Não sabia dizer não.
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Aquilo fazia de mim mais "homem"
E edificava o meu palácio de ego e persuasão,
Era rico de mulheres,
E os ricos pagam caro!
Talvez seja por isso que até uma tal Iva namorei,
Mas a taxa que tinha a pagar não me sorriu.
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Então (eu) pagava caro e a moeda tem nome,
Chamam-na solidão,
Não conseguia entender como continuava tão só com tantas namoradas.
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Contudo não parava de não dizer não,
Para matar a solidão,
Achava que mais uma era a solução,
Para preencher este coração.
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Mas quanto mais mulherengo ficava,
Mais em psicologia me formava,
Não me sentia namorado de ninguém,
E nem as sentia como namoradas,
Aquilo era um relacionamento de um psicólogo e suas clientes.
Elas nunca souberam me namorar como a solidão me namora até hoje...
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Adilson Sozinho da Silva