CHOVEU

É a transparência das gotículas

que me enaltece o ser

É a brevidade da vida

a sua transformação contínua

É a poça, é o telefone a chamar

É meu cérebro a aguentar as crianças lá fora

Aos gritos das loucuras imaginárias

Que ficaram lá no meu passado

Adultos ranzinzas que somos

Calamos nossas crianças internas

Em busca de um silêncio vazio

Tenho, no entanto, ouvidos a latejar

Com os sons produzidos lá fora

Silêncio sereno pede o meu ser

Lá de cima cai a pedra

(Pausa)

O silêncio reverbera.

Lua Perudá
Enviado por Lua Perudá em 10/01/2017
Código do texto: T5877723
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.