Lobisomens

Não trago nada na alma,

Nem o liso, nem o áspero,

Não rabisco maus traços,

Não abrigo maus tratos.

Não crucifixo nada na ânsia,

Nem a dívida, nem o perdão,

Não faísco maus estopins,

Não enfeitiço maus curumins.

Não paraliso nada no tempo,

Nem agora, nem noutra hora,

Não batizo maus lobisomens,

Não pluralizo maus homens.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 09/01/2017
Reeditado em 10/01/2017
Código do texto: T5877176
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