ORGULHO E HUMILDADE
Muito soberba uma roseira em flor,
toda colorida de um vermelho vivo,
ostentava com orgulho desmedido
suas rosas de exuberante beleza.
No jardim, reinava e se fazia impor
sobre um humilde cravo submisso
aos caprichos de suas lindas rosas,
que de viés miravam dele a singeleza.
Um vento muito forte sacudiu a roseira
e do cravo dobrou somente a haste fina
que ao reerguer-se com a corola inteira
lastimou, da pretenciosa, dura e triste sina.
Despetalada foi atingida em sua fraqueza.
Tentou. Não resistiu a intempérie repentina.