O ANALISTA
Tal como Freud
Eu analiso o mundo.
Penso, reflito. Repenso e aflito,
Chego à conclusão
Que moramos num mundo incompreensível.
Cada cabeça, um pensamento.
Uns são bons filantrópicos,
Outros egoístas e rabugentos.
Faço uma análise então, de mim mesmo
E descubro sem grande ênfase
Que nada sei de mim...
Simples assim.
Como analisar o mundo
Se não nos analisamos a fundo?
Como ajudar o próximo
Se não podemos ajudar a nós mesmos?
Primeiramente vamos tentar nos entender
Para somente depois, entender nossos semelhantes.
É como se a gente tentasse aprender a falar javanês
Se nem ao certo, falássemos o português.
Simples assim...
Primeiro vou estudar a mim
E o mundo só depois disso
Enfim...
É isso.