Tristeza
Tristeza abre portas sem volta
Esgota risos, amarrota olhares
Concreta a ferragem do rancor
Tristeza é sabre em corte letal
Bajula sorrisos, finge cortesias
Ejacula versos, coagula alegria
Tristeza desentope as artérias
Faz fluir o veneno do encantar
Toca o clássico no piano mudo
Tristeza é o rótulo da injustiça
A cortiça do gargalo, engasgo
Apneia do sorriso quase falso
Tristeza é o tremor dos dedos
A passeata que fere sem tema
Frágil têmpera e mera vontade