Partida

Não foi conveniência

Não era a coisa certa a se fazer

Foi, sim, por coisas pequenas

Ou grandes demais.

Difícil distinguir pequenitude e enormidade

Um corte imensurável.

Foi pelas manhãs preguiçosas de domingo

As discussões bobas que insistia em perder

Os olhos enormes que viam a alma

Dentes tortos que refletiam perfeição

Um anjo torto,

Ferido.

Havia um desejo latente entre as almas,

Os corpos.

O gosto de suor e lágrimas

Olhos gritando sobre a nudez de seu corpo,

A perfeição de sua alma

Ela precisa me ver, enfim

Me fazer nascer

Tudo vem dela, a ela tudo pertence

Fito mais uma vez sua alma

Uma última vez

Preciso partir

Morrer.

Longe dela nada existe e caminho lentamente rumo ao meu abismo...

Dan Mendes
Enviado por Dan Mendes em 08/01/2017
Reeditado em 26/04/2018
Código do texto: T5875586
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