Imagino
Devaneando vou pelas calçadas da vida
Faço versos e canto para a minha amada
Mesmo após uma triste e cruel despedida
Continuo sorvendo seu amor na madrugada
Eu renuncio ao convite da estrela cadente
E dialogo com os astros na noite embutidos
O vento nos ciprestes, uma música plangente
O farfalhar das árvores um rangente gemido
Sigo sozinho meu destino por Deus já traçado
A lua grandiosa e bela, levo-a dentro da palma
E tomo o rumo a esmo, e totalmente ignorado
Enquanto a noite me permanece gélida e calma
Eu transcorro de norte a sul sem ser perturbado
Ah! E imagino o teu riso afagando a minha alma...