TRILHA
TRILHA
E o trem
Que não mais existe
E os trilhos
Que não mais existem
E a vida fora dos trilhos
Virou asfalto
Impermeável
A paisagem dirigida
Que não olha aos lados
Não é periférica
É feérica
E fera ferida
Pela modernosa rebordosa
Das vidas, das plantas, das ervas
Sem flores
Sem cores, com dores
Que matam a alma
Preservam o corpo
Que segue a trilha
Sem trilhos, sem trens
Sem destinos, sem tinos
Até a última estação