Vagante entre mundos
Estive ausente, eu sei
sou assim e não me desculpo
habitando em vários mundos
nem sempre volto por onde andei
Os caminhos se embaralham,
se emaranham e se destacam
onde vais, quem vai saber
do futuro só de que vás perecer
Mas é somente a natureza
e não devemos ela temer
se o temor te leva a vida
de que então valeu viver?
Então andes pela rua
vague entre os mundos
deite ao chão na grama
veja brilhar a lua
Os pássaros que cantam na cidade
as buzinas, os cãs, e milhares de falar
quantos sons, quantos sabores
pode da vida alguém levar
Mas cuidado se deve ter
com aquilo que nega o ócio
pois a vida simples é
já a morte é o negócio
Da mote e da vida digo sem penar
pois em ambas eu vou habitar
sem problemas, digo claramente
o que de uns doidos vaga a mente