AMOR QUE SE FOI
Te procuro, te chamo,
por que não respondes,
acaso te escondes?
No deserto, por certo,
onde a chuva não cai,
nem cairá jamais.
Só o sol é que brilha,
nesse lugar nefasto,
não tem erva, nem pasto:
pra mim é armadilha.
Te procuro, te chamo,
e não vejo um só ramo
balançar sob a brisa.
Já nem sinto o perfume,
que tu tinhas um dia,
sinto apenas ciúme
que, aos poucos, se apaga,
porém deixa uma chaga,
onde o amor existia.
. . .
Paulo Miranda
De fugir eu fiz questão
por já não mais aguentar
a tua danada obsessão
de me cantar Au Revoir...