DIGA-ME
Diga-me o que você vê
Quando me vê.
Diga-me o que sente
Quando estou à tua frente.
E se te faço sentir bem
Como nenhum outro alguém.
Diga-me se te causo boa impressão
Ou não...
E se aos teus olhos, meus escritos
São feios ou bonitos.
Diga-me quais sentimentos
Nutre por mim em teus pensamentos.
E se por acaso, não houver nenhum
Há esperança de um dia haver algum?
Diga-me se teus lábios
Já desejaram meus lábios.
E se teus belos olhos
Já contemplaram meus olhos.
E sobretudo, se juntos já ficamos
No mundo dos teus sonhos...
Diga-me, porque se acaso
Eu dissesse tudo o que de ti eu acho
Não haveriam palavras
Tão fascinantemente mágicas
Que decifrariam-te de modo exato
Em todo o nosso vocabulário.