ESTÁGIO

O amor, quando jovem... Criou asas

Ainda criança, saltou de alegrias

Plainou pela imensidão dos ventos

voou pelos espaços do tempo e transbordou...

Nos afincos dos seus sentimentos.

Cheio de garras...

O amor se encheu de esperanças,

aconchegou-se em seus chamegos

e jogou a toalhas dos seus medos.

O amor amplo, desabrochou seus segredos

e debruçado no degredo dos seus consolos

se encheu de anciã, se vestiu de duvidas

e desvirtuou-se na incerteza do amanhã.

O amor já ancião... Agora apita,

apita como se fosse um trem

pelos trilhos da sua saudade

pelos buracos de sua recordação

pelos tempos das vaidades

pelos abraços e apertos de mão.

Antonio montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 31/12/2016
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