12 Passas

À décima segunda
badalada
morro mais
uma vez
e já nasço
no óbvio Janeiro.
Os mesmos Domingos.
O velho Verão.
As semanas costumeiras.
Doze passas
para me lembrar
que tudo fica igual
na temerária
teia do tempo.
Até que um dia
o sangue muda
o futuro dispara
e o acordar
não será neste mundo.
AnaMarques
Enviado por AnaMarques em 31/12/2016
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