Espaço de Tempo

O tempo todo estava lá mas

não sabíamos ver.

Não sabíamos ler.

Não sabíamos enxergar.

O tempo todo estava e morava

em nosso saborear.

Nosso tom de pitada.

O tempo morava em si e no

meio de nossa estrada.

O tempo habitava em morada

de nossa liberdade.

O tempo conceituava

e habitava.

Nosso estatal.

Era nosso verbo

Era nosso conceitual.

O investidor universal.

As vezes nosso tempo derruba

quem somos.

Pois é Pai do sermos e seus

servos.

O tempo era e foi nossa estadia

de permanecer.

Foi nosso constatar.

Proliferar o doce na pimenta.

Destilar o que se revela e se

pronuncia.

Se faz natural pois vem de

províncias.

Vizinhos do pan demônio.

Acesso aceso do incenso ao

dormir.

Velas do patrimônio.

Ao acordar e recortar o

recordar do tempo de ter tempo

pra no ver e nos abastecer.

O tempo é a pegada que mora

na covardia humana diária de

humanas enchentes.

Mortas ou vivas mas

sempre manchetes.

Diego Porto
Enviado por Diego Porto em 30/12/2016
Reeditado em 30/12/2016
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