ACEITE ESPÍRITO (2° PARTE)
Acordo no meu enterro,
Entes choram em apenas
me virem partir,eu choro em
me ver sozinho e impossibilitado
de berrar.
Vocês não imaginam a
dor que é ver seu corpo
sendo colocado dentro
daquele buraco escuro...
Ah! a terra;a terra fede a
bolor,fede a carne podre.Os vermes
corroendo seu corpo e
você sem poder fazer nada.
Não aceito!
Hoje,sou apenas vento,fantasma;
meu corpo matou a fome dos
bichos do submundo,só restaram
os ossos para o cão.
O cemitério é minha morada,já
fiz amigos e inimigos,muitos
não vão com a minha cara,tudo bem,
eu tenho a morte inteira pela frente.
É horrível ter a eternidade a seu
favor sem ninguém para amar,
minhas horas se resumem em jogatinas
em cima de tumbas e bebidas variadas.
A noite é um tormento,gritos de dor,
choro,assovios...durmo para
não chorar também...
(continua)