FOME DE SER CÉU...
Preciso da liberdade da tarde
morna e daquela ave que voa.
Aspiro ser bicho e não pessoa.
Ser livre, na espia, sem alarde.
É que neste meu peito me arde
uma fome de ser céu e de voar;
ser nuvem e não mais retornar.
Quero é ver o sol envelhecendo.
Quero assistir a noite nascendo.
Quero é poder seguir e sonhar...