CONTUDO, É NATAL
É Natal… Nasceu Jesus.
Há uma aparente euforia…
Lojas cheias de gente,
Vitrines cheias de luz.
Mas dentro de mim, melancolia...
Recordações que arquivo,
Das quais durante o ano me esquivo,
Mas que me rondam e roubam minha alegria,
Nesta época festiva do ano.
Lembro-me dos que já se foram... tão queridos...
Penso nas tragédias, nos acidentes,
No terrorismo, nos mortos, nos feridos...
Penso nas doenças, na fome, no abandono,
Na falta de fé no futuro...
Constato como o mundo pode ser duro,
Ao ver o terror e a desesperança,
Nos olhos tristes e vazios de uma criança...
E, no entanto, é Natal... tempo de amor,
Pois chegou Jesus, o Salvador.
Mas, no meu coração, sinto esta dor...
Esta agonia, esta tristeza, este desalento,
Ao ver em volta tanto sofrimento...
Guerras “santas” que não acabam mais
E, contudo, é Natal... tempo de paz.
Fico me sentindo impotente...
Às vezes até descrente
Deste mundo insano,
Do próprio ser dito humano
Que age como se monstro fosse,
Movido pela ganância e o poder...
Mas é Natal... Jesus nasceu.
Agarremos a esperança que Ele nos trouxe
E confiemos que nem tudo se perdeu.
Rezemos por menos guerras
E mais compaixão e amor...
Rezemos por mudanças e melhorias...
Rezemos por saúde e felicidade,
Para que possamos colher mais alegrias
E continuar acreditando na bondade,
No belo, na união, na fé e em poesias.