Ao anoitecer

Por entre troncos e flores

Arbustos e amores

Constrói-se a praça

Luzes oblíquas e opacas

Colorem a noite num clima ameno

Em passos errantes

Pessoas bem próximas

E outras distantes

Seguindo ao seu norte

Que sorte, quem sabe aonde ir

Sorrisos e sonhos

Olhares medonhos

Evoluem sem fim

Tudo muito bem próximo

Mas longe de mim

Há vida na praça,

Intensa com graça

Movimenta-se a noite

Na criança que embala

A leveza do ser

Enquanto o andarilho se cala

Sem nada dizer

E tudo acontece, sereno

Sem regra, sem forma

Apenas por ser

A praça ao anoitecer.

09jun14, Nova Friburgo.