É certo que me deste o sonho,
Mas a noite era breve.
E toda razão dos olhos
Perguntam sobre as lágrimas.
 
O tempo nos faz pequenos
Diante da grande ilusão.
Em nossas mãos
Carregamos nossas histórias.
 
Derrotas e vitórias,
Os erros e acertos,
 
Tão pequeno este mundo incerto...
 
Deste-me uma voz que dizia_
“Um dia serei  tua”.
Mas nem a lua
Que nua vaga
Trouxe brilho à tua promessa.
 
Deste então
Creio somente nos loucos,
Ao menos,
Eu os sei.
 
Ao norte do teu silêncio,
Adormece o meu pensamento.
 
Ventos não são companheiros das folhas,
Apenas a raiz que abraça o solo
permanece forte após a tempestade.
 
Tua verdade criou asas,
Pouso no topo do mundo,
Mas de que serve a tua voz?
 
Passarinhos não cantam na noite.
 
Mário Souza Andrade – 17-12-2016
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 18/12/2016
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