Demora

Espero vivo no outro lado da rua,

A sirene intempestiva do silêncio.

Espero vivo na varanda do tempo,

A ânsia permissiva do impossível.

Espero vivo no portal do destino,

A língua na lascívia azeda da pele.

Espero vivo no final da fragrância,

A demora, a crítica do improvável.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 18/12/2016
Reeditado em 18/12/2016
Código do texto: T5857109
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