A Fé como profissão

O pensamento, de tudo fica longe o trabalhar
Horas passo mudo, sem um conto e longe de tudo
Por vezes esqueço que não posso esquecer
Hoje já ficou tudo cinza, num piscar de olhos comprovei

Vociferando que venham os bábaros!
Eles crescem em blasfêmia 
Deixe-os! que venham uivando 
Descendo feroz, que tua face não mude de cor
Nem o tom da tua voz!

Abriram-se os céus, de uma nuvem cinza eles desceram
Correm pelos telhados, eufóricos e com sede de alma!
Postada de joelhos está a familia, pedindo que não seja a hora
Antes tivessem sido arrebatados!

Uma crença morta, nem juiz
Sentindo e assustando
Olhando o extermínio porta adentro
Que nenhuma dor inspire dó!
Mas que fique somente contigo.