BASTA
BASTA
No rubor intenso do vinho
Procuro aplacar a intensidade
Da paz almejada
E jamais alcançada
A cada gole
A face enrubesce
Envergonhada com a desfaçatez
Que vivo e permito a guerra
A miséria
A fome
A sede
Em nome de uma normalidade
Amoral e destrutiva
Dos princípios do humano
E insano embriago-me
Para esquecer as mazelas
De um viver alienado
Procrastinador
Do grito de BASTA