BASTA

BASTA

No rubor intenso do vinho

Procuro aplacar a intensidade

Da paz almejada

E jamais alcançada

A cada gole

A face enrubesce

Envergonhada com a desfaçatez

Que vivo e permito a guerra

A miséria

A fome

A sede

Em nome de uma normalidade

Amoral e destrutiva

Dos princípios do humano

E insano embriago-me

Para esquecer as mazelas

De um viver alienado

Procrastinador

Do grito de BASTA

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/12/2016
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